O Cenário da Aprendizagem Baseada em Projetos no Ensino de Química no Período de 2010-2020
DOI:
https://doi.org/10.56117/resbenq.2025.v6.e062501Palavras-chave:
Aprendizagem baseada em projetos., Protagonismo estudantil, Metodologias ativas.Resumo
O objetivo desta pesquisa foi compreender em que países os professores de química vem utilizando a metodologia da Aprendizagem baseada em Projetos (ABPj) em sala de aula e de que forma vem sendo aplicada. Para tal, fez-se um levantamento de trabalhos publicados, por um período de dez anos (2010 a 2020), estabelecendo como palavras-chave: Aprendizagem baseada em projetos e Química. As publicações selecionadas foram selecionadas, usando os buscadores: Radalyc, Scielo, Sciencedirect, Google Scholar, Web of Science e Semantic Scholar (Publons), os resultados obtidos foram organizados por título, ano, país e grupo de estudos. A constituição do corpus para a análise das publicações incluiu apenas aquelas vinculadas ao ensino de química. Os resultados mostraram que apenas 33 publicações usam a Aprendizagem Baseada em Projetos no ensino de química, sendo 14 (42,4%) em aulas de química e 19 (57,6%) em ciências naturais. Os países que mais se dedicaram ao uso da metodologia ativa no ensino de química são os Estados Unidos e a Espanha apresentado um percentual significativo na produção de trabalhos. Os países asiáticos vêm crescendo, apresentado um grande potencial na aplicação das técnicas, apesar do número reduzido. Embora existam poucos trabalhos no ensino de química, a Aprendizagem Baseada em Projetos vem sendo aplicada para incentivar o desenvolvimento de habilidades linguísticas, investigativas e criativas durante as tarefas em sala, mobilizando os estudantes à resolução de problemas. De modo geral, o uso da metodologia apresenta resultados positivos em vários países, apesar de incipiente; sugerindo maiores investimentos em pesquisa nas escolas e, principalmente, na formação de professores.
Referências
Affin, M. O., Setyosari, P., & Nurul Murtadho, S. (2021). The effect of project based Learning (PBL) strategies on science reasoning and learning outcomes. Turkish Journal of Computer and Mathematics Education (Turcomat), 12(6), 4102-4112.
Ayerbe López, J., Bautista Vallejo, J. M., & Espigares Pinazo, M. J. (2021). Aprendizaje basado en proyectos en educación ambiental: implementación en educación secundaria.
Barrows, H. S. (1986). A taxonomy of problem‐based learning methods. Medical Education, 20(6), 481-486.
Bautista-Vallejo, J. M., Espigares-Pinazo, M. J., & Hernández-Carrera, R. M. (2017).
Aprendizaje basado en proyectos (ABP) ante el reto de una nueva enseñanza de las ciencias. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, 10(3).
Bender, W. N. (2014). Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre: Penso.
Bleeke, M. H. (1968). The project: from a device for teaching to a principle of curriculum (Tese de doutorado). University of Wisconsin-Madison.
Boss, S., & Larmer, J. (2018). Project based teaching: how to create rigorous and engaging learning experiences. Novato, CA: Buck Institute for Education.
Buck Institute for Education – BIE. (2008). Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Camargo, F., & Daros, T. (2018). A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso.
Carvalho, A. M. P. de, et al. (2013). O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In Ensino de ciências por investigação: Condições para implementação em sala de aula (v. 1, p. 1-19). São Paulo: Cengage Learning.
Casado-Agrelo, J. (2021). Energías renovables mediante aprendizaje basado en proyectos em Cultura Científica de 4º de ESO.
Causil-Vargas, L. A., & Rodriguez-Barrera, A. E. (2021). Aprendizaje basado en proyectos (ABP): Experimentación en laboratorio, una metodología de enseñanza de las Ciencias Naturales. Plumilla Educativa, 27(1), 105-128.
Çelik, H. Ç., İlhan, A., & Gündüz, S. (2016). The evaluation of theses prepared on project-based learning in Turkey: A content analysis study. Eğitim Bilimleri Araştırma Dergisi, 6(2), 61-74.
Correia, F. S. C., et al. (2015). O estudo da Química no cotidiano: as dificuldades para os alunos no ensino de Química. Ensino Médio em Diálogo, UFF, Niterói.
Delgado Martín, M. L., et al. (2018). La enseñanza basada en proyectos interdisciplinares en ciencias y matemáticas en el Grado de Educación Primaria.
Demo, P. (1994). Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Tempo Brasileiro.
Douladeli, E. (2014). Experiential education through project based learning. Procedia – Social and Behavioral Sciences, 152, 1256-1260. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2014.09.362
DreamShaper. (2024). O avanço da aprendizagem baseada em projetos pelo mundo. https://dreamshaper.xyz/br/blog/o-avanco-da-aprendizagem-baseada-em-projetos-pelo-mundo/
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Giordano, C. V., & Gazoti, L. A. (2021). O desenvolvimento de habilidades e competências com o método ABP na educação profissional. Revista Pedagógica, 23.
Habók, A., & Nagy, J. (2016). In-service teachers’ perceptions of project-based learning. SpringerPlus, 5, 1-14. https://doi.org/10.1186/s40064-016-1725-4
Hülsendeger, M. J. V. C. (2009). Compreendendo a importância de saber o que o aluno sabe. Revista Espaço Acadêmico, 9(99), 20-22.
Kliebard, H. M. (1986). Bestor Agonistes. Educational Studies, 17(4), 542-549.
Mesquita, S. K. da C., Meneses, R. M. V., & Ramos, D. K. R. (2016). Metodologias ativas de ensino/aprendizagem: Dificuldades de docentes de um curso de enfermagem. Trabalho, Educação e Saúde, 14, 473-486.
Monteiro, E. P., & Costa, A. V. G. da. (2022). Curso online sobre “aprender e ensinar por projeto” como ação formativa para os residentes de química durante a pandemia. Vivências, 18(35), 133-146.
Morales, P. (2009). A relação professor-aluno – O que é, como se faz? (8ª ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Moreno-Montoya, J., et al. (2015). Association of regional and cultural factors with the prevalence of rheumatoid arthritis in the Mexican population: A multilevel analysis. JCR: Journal of Clinical Rheumatology, 21(2), 57-62.
Ochoa Sagüés, C. (2017). Aprendizaje basado en proyectos: Cómo ganar MasterChef Junior utilizando la química.
Palangana, I. C. (2001). Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky (3ª ed.). São Paulo: Summus.
Perrenoud, P. (2000). Pedagogia diferenciada. Porto Alegre: Artmed.
Sirhan, G. (2007). Learning difficulties in chemistry: an overview.
Woodward, C. M. (1887). The manual training school: Comprising a full statement of its aims, methods, and results, with figured drawings of shop exercises in woods and metals. D. C. Heath & Company.
Yamin, Y., et al. (2017). Application of model project based learning on integrated science in water pollution. Journal of Physics: Conference Series. IOP Publishing. https://doi.org/10.1088/1742-6596/895/1/012073
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Licença Creative Commons
Todas as publicações da Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Química estão licenciadas sob licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. (CC BY 4.0).
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attributionque permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line(ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
